domingo, 18 de novembro de 2012
sábado, 17 de novembro de 2012
Cultura Urbana Fenômeno das Massas
Quando falamos em
cultura logo nos vem à cabeça as manifestações e atividades voltadas para o
teatro, a dança, o folclore, a música, a literatura e outras mais.
Contudo a cultura no
sentido que aqui exploramos é subdividida entre erudita que se baseia nas expressões
artísticas como a música clássica de padrão europeu, as artes plásticas,
escultura e pintura, e a popular
onde basicamente podemos destacar a produção e participação ativa do povo.
A existência de duas variantes absolutamente distintas por si só é uma demonstração clara da indesejável presença da divisão entre classes sociais em sua mais cristalina apresentação fática.
A existência de duas variantes absolutamente distintas por si só é uma demonstração clara da indesejável presença da divisão entre classes sociais em sua mais cristalina apresentação fática.
Nesse diapasão inserida na cultura popular
nasceu a cultura urbana tendo como
berço os EUA, mas precisamente nos bairros de cidades pobres, logo depois da
quebra da bolsa de valores de Nova York (1929) em forte contraposição espontânea
ao racismo, a depressão econômica e principalmente contra a exclusão social
manifestos naquele país.
Já nos anos 70 a cultura urbana fundiu-se em vários dos seus conceitos com o Movimento Hip Hop, fazendo da sua existência e fundamentos um alerta social e artístico dos excluídos e marginalizados.
Já nos anos 70 a cultura urbana fundiu-se em vários dos seus conceitos com o Movimento Hip Hop, fazendo da sua existência e fundamentos um alerta social e artístico dos excluídos e marginalizados.
Embora contemporânea quando
a comparamos, por exemplo, a uma manifestação folclórica como a do Bumba meu
Boi, a Cultura Urbana ou se preferirem Movimento
Hip Hop tão somente, é muitíssima rica e diria das mais harmoniosas em seus
eixos basilares.
Senão vejamos: ela tem
o seu próprio segmento voltado à “pintura”
o grafite
originário do final da década de 1960 (vejam a
pouca idade da reintrodução da arte), onde os jovens do Bronx (bairro
nova-iorquino) resgataram essa modalidade artística, dispensando o inservível carvão
usado na escrita do extinto Império Romano e lançando mão de atualizados e
confortáveis tintas spray, dando uma visibilidade diferenciada, marcante e de
conteúdo denso incomparáveis.
O esporte também diz
presente no Movimento Hip Hop, aliás, um não pode estar dissociado do outro em
especial o streetball (basquete
de rua) designação própria do Brasil. O estilo de se jogar e vestir são as
marcas registradas do streetball. Tendo sempre ao fundo a execução do rap, uma
jinga própria recheada de grandes e estéticas improvisações, o streetball aos poucos vem conquistando o seu espaço em
nossa cultura urbana.
Escrever sobre o Movimento Hip Hop ou da Cultura Urbana ainda que de maneira não profunda sem mencionar a street dance (dança de
rua), seria simplesmente ignorar a plasticidade indiscutivelmente contagiante
dessa arte. O break (desdobramento gerado no funk) e a street dance hoje são
tão geminados que poucos os diferenciam se não conhecerem as suas sutilezas. A
street dance necessariamente não deve ser desenvolvida no asfalto. A linguagem
corporal da street dance lembra muito a mímica, faz dos seus praticantes
verdadeiros acrobatas e até a ginástica olímpica permeia suas apresentações, em
um encontro de rara beleza entre corpo e solo.
Post Scriptum: Essa é apenas a visão que tenho sobre o assunto, ela jamais pretende ser definitiva e muito mais pode ser aprendido, acrescentado, discordado e enriquecido.
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Proclamação da República 104 anos de Farsa Histórica e 19 Anos de Legitimidade
“Por ora, a cor do
governo é puramente militar e deverá ser assim. O fato foi deles, deles só
porque a colaboração do elemento civil foi quase nula. O povo assistiu àquilo
tudo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava. Muitos
acreditaram seriamente estar vendo uma parada!” Aristides Lobo.
Ano de 2012 chegamos
então a 123 anos da República Federativa do Brasil? Somos um país que para
início de conversa foi povoado primeiramente por degredados, exterminou grande
parte e tentou tornar escravos os nativos (índios) da terra e que se jacta
através de feriado nacional da “proclamação” de uma República nascida em um
golpe de estado militar apoiado pelas elites econômicas da época, tem o que
comemorar nesse quesito?
Os defensores da forma
de governo republicano podem imediatamente enumerar uma série de vantagens na
adoção do modelo, indo desde as supostas garantias democráticas até a
modernidade que ele diz representar. Contudo o nosso foco não se baseia nessa
discussão e sim na concepção da nossa República e as consequências ao longo de
sua introdução até os dias atuais.
Nem sequer vamos tocar
no sistema de governo (presidencialismo puro) em contraposição ao
parlamentarismo que garante estabilidade política ao chefe de governo sem a necessidade
dos nefandos conchavos que drenam o erário público descaradamente.
O que nos deixa
perplexos em verdade são as láureas oferecidas à data (muito mais por ser um
dia mais de descanso do que em defesa do republicanismo) sem que venha a baila
qualquer debate ou esclarecimento histórico do que verdadeiramente ocorreu em
15 de novembro de 1889.
Um líder militar doente,
monarquista convicto, vaidoso, um
pouco ingênuo e manipulável, dedicado em verdade à pátria é bom que se diga, depôs
o Imperador e o seu governo parlamentarista constitucional após um ciclo de três
crises artificiais sendo elas a abolição da escravatura (defendida com unhas e
dentes pelos republicanos) a questão religiosa e a questão militar agindo de
boa fé foi colocado à testa do movimento militar-elitista contra sua intima
vontade vencida pela possibilidade de ser ele o novo governante e
principalmente pasmem depois de uma esdrúxula “fofoca” (boato plantado de prisão
dos líderes do movimento) e que se consolidou com outra mentira deslavada
(nomeação de um novo chefe de governo antipático a ele), nascendo assim nossa
tão decantada República.
Prometeram os novos
donos do poder um plebiscito para consultar o povo sobre a forma e sistema de
governo, que somente ocorreria 104 anos depois da tal proclamação em 1993,
depois de vivenciarmos no período golpes sucessivos de estado, fechamentos do Congresso
Nacional, ditaduras civil e militares, inúmeras decretações de estado de sítio,
torturas, banimentos e tantas outras rupturas no estado democrático de direito.
Por essas razões por
mais que a esmagadora maioria não concorde à legitimidade dessa República data
de 19 anos, antes disso experimentamos placidamente um engodo histórico e tenho
dito!
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