sábado, 4 de maio de 2013

Convergências são possíveis




Segundo Walter Lippmanquando todos pensam iguais é porque ninguém está pensando”, em se aplicando a literalidade do conceito propugnado ao modo como se deve alcançar um anseio e não ao ideal que ele representa a um grupo, seria então como se disséssemos que a padronização operacional, política e intelectual na realização de um objetivo central seriam fatores castradores da presença da pluralidade de ideias livres dentro desse aludido grupo.

Admitindo-se a verdade dessa interpretação podemos ir mais adiante e claramente tornar defensável que a união de forças políticas distintas e porque não dizer em certo ponto até antagônicas em vários momentos são justificáveis quando norteadas por ideais progressistas coincidentes nelas, embora pratiquem modos diferenciados de atuação e abordagem.

Forças opostas podem trabalhar como forças complementares desde que estejam despojadas das suas vaidades e saibam vislumbrar na superioridade pontual da outra uma forma prática de suprimir a sua própria deficiência e vice versa.

Ser colaborativo com antigos adversários não é renunciar a sua identidade ideológica, e sim uma maneira inteligente de buscar nas possíveis e quase sempre presentes convergências existentes e não no enfrentamento bestial permanente um caminho seguro para o estabelecimento do bem comum para uma sociedade.  

Enxergar casuísmo na aproximação ocasional dessas correntes é de uma só vez assumir uma posição totalitária que não permite a liberdade de pensamento e colocar em segundo plano os interesses que deveriam estar acima das paixões políticas, ou seja, os do povo. 

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