Segundo Walter Lippman “quando todos pensam iguais é porque ninguém
está pensando”, em se aplicando a literalidade do conceito propugnado ao
modo como se deve alcançar um anseio e não ao ideal que ele representa a um
grupo, seria então como se disséssemos que a padronização operacional, política
e intelectual na realização de um objetivo central seriam fatores castradores da
presença da pluralidade de ideias livres dentro desse aludido grupo.
Admitindo-se a verdade dessa interpretação podemos ir mais
adiante e claramente tornar defensável que a união de forças políticas distintas
e porque não dizer em certo ponto até antagônicas em vários momentos são
justificáveis quando norteadas por ideais progressistas coincidentes nelas, embora
pratiquem modos diferenciados de atuação e abordagem.
Forças opostas podem trabalhar como forças complementares
desde que estejam despojadas das suas vaidades e saibam vislumbrar na
superioridade pontual da outra uma forma prática de suprimir a sua própria deficiência
e vice versa.
Ser colaborativo com antigos adversários não é renunciar a
sua identidade ideológica, e sim uma maneira inteligente de buscar nas possíveis
e quase sempre presentes convergências existentes e não no enfrentamento bestial
permanente um caminho seguro para o estabelecimento do bem comum para uma
sociedade.
Enxergar casuísmo na aproximação ocasional dessas correntes é
de uma só vez assumir uma posição totalitária que não permite a liberdade de
pensamento e colocar em segundo plano os interesses que deveriam estar acima
das paixões políticas, ou seja, os do povo.
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