sábado, 18 de maio de 2013

A Política e a Constelação


Suenilson Saulnier de Pierrelevée Sá 

Segundo a Wikipédia uma estrela é uma grande e luminosa esfera de plasma, mantida íntegra pela gravidade”. Mais adiante ela ensina ainda que “historicamente, as estrelas mais importantes da esfera celeste foram agrupadas em constelações e asterismos, e as estrelas mais brilhantes ganharam nomes próprios”. 

Notem bem a estrela pode se agrupar em constelações e as de maior luminosidade tem nomes próprios não sendo necessário para isso, contudo que as demais se apaguem para tanto. Aliás, vale dizer que o maior brilho só se faz perceber quando se encontra rodeado de outros tantos de menor intensidade, pois não existe parâmetro comparativo entre algo concreto e o vazio absoluto...

Assim como no espaço onde uns despontam com a ajuda coadjuvante de outros corpos celestes é também aqui na terra a estratégia adotada por alguém detentor de arrojada liderança política. Como assim? Explico! 

Quanto mais êxito possui um liderado leal, quanto mais ele é bem visto perante a sociedade e as instituições, muito maior é o valor da sua manifestação de apoiamento a um companheiro determinado.

E quando falamos de dezenas de aliados de proa, imbuídos no fortalecimento de um nome principal através do uso das suas próprias luminosidades, estamos então desenhando uma nova constelação no cenário social e político de uma localidade, de um ente federativo ou ainda quiçá nacional.

Isso quer dizer em bom português (ou não), que aquele que deseja ser alçado politicamente a uma posição de destaque relevante não deve se ocupar em debelar os circunstanciais protagonismos dos seus liderados, ao contrário disso deve celebrar ao saber que aquela estrela da sua constelação vem colocando de bom grado a sua luminosidade ao seu dispor para que este possa brilhar com mais intensidade entre os que já são dignos da admiração geral.

sábado, 4 de maio de 2013

Convergências são possíveis




Segundo Walter Lippmanquando todos pensam iguais é porque ninguém está pensando”, em se aplicando a literalidade do conceito propugnado ao modo como se deve alcançar um anseio e não ao ideal que ele representa a um grupo, seria então como se disséssemos que a padronização operacional, política e intelectual na realização de um objetivo central seriam fatores castradores da presença da pluralidade de ideias livres dentro desse aludido grupo.

Admitindo-se a verdade dessa interpretação podemos ir mais adiante e claramente tornar defensável que a união de forças políticas distintas e porque não dizer em certo ponto até antagônicas em vários momentos são justificáveis quando norteadas por ideais progressistas coincidentes nelas, embora pratiquem modos diferenciados de atuação e abordagem.

Forças opostas podem trabalhar como forças complementares desde que estejam despojadas das suas vaidades e saibam vislumbrar na superioridade pontual da outra uma forma prática de suprimir a sua própria deficiência e vice versa.

Ser colaborativo com antigos adversários não é renunciar a sua identidade ideológica, e sim uma maneira inteligente de buscar nas possíveis e quase sempre presentes convergências existentes e não no enfrentamento bestial permanente um caminho seguro para o estabelecimento do bem comum para uma sociedade.  

Enxergar casuísmo na aproximação ocasional dessas correntes é de uma só vez assumir uma posição totalitária que não permite a liberdade de pensamento e colocar em segundo plano os interesses que deveriam estar acima das paixões políticas, ou seja, os do povo.